Após a internet mudar a forma como as empresas armazenam os dados pessoais de seus clientes e parceiros, a preocupação com a segurança dessas informações se tornou alvo da legislação. A partir de agosto de 2020, entra em vigor a Lei 13.709/18 trata da proteção de dados pessoais no ambiente digital.
Ela chega para mudar a forma como as empresas lidam com os dados pessoais de seus colaboradores, clientes e fornecedores, inclusive quando essas informações são manipuladas a partir do trabalho em Home Office. A LGPD estabelece algumas regras para a coleta, a armazenagem e o processamento de dados pessoais, visto que essas informações estão expostas à violação, principalmente quando falamos do ambiente digital.
Outra questão é que nem sempre o vazamento é um acidente. Além de ataques cibernéticos e falhas de sistema, tornou-se comum a venda dessas informações para companhias de marketing e análise de dados por empresas com um grande volume de dados armazenados.
O trabalho remoto é cada vez mais popular entre as empresas e pode promover uma série de benefícios, não só para empregadores como também para os colaboradores. No entanto, o home office pode oferecer risco de ataques cibernéticos e violação de dados, se não forem devidamente observadas as cautelas necessárias pelo empregador. Embora deva ser uma preocupação das empresas, pode ser bastante simples fazer a proteção de dados no Home Office. Para isso, é preciso criar um plano de proteção e fornecer treinamento para os funcionários.
Quando um dispositivo é criptografado, as mensagens armazenadas e enviadas por ele se tornam um código que só pode ser desvendado por quem tem acesso à chave de segurança. Esse recurso é essencial para quem lida com dados de terceiros, já que impede que uma pessoa mal intencionada tenha acesso às informações.
A VPN, ou rede virtual privada, conta com mais recursos de segurança que uma rede pública. Para acessá-la, é preciso que o usuário seja autenticado por meio de uma senha. É como se observadores externos não pudessem ver o que acontece dentro dessa rede.
O Wi-Fi doméstico carrega uma série de perigos quando o assunto é ataque cibernético. Senhas de rede fracas, sequestros de DNS (Domain Name System – Sistema de Nomes e Domínios) e monitoria do tráfego são alguns problemas que podem resultar no acesso indevido à informações importantes. Por isso, é importante criar logins e senhas fortes e fazer a troca dessas informações periodicamente. Usar aplicativos e programas de computador gratuitos para resolver problemas pode ser uma solução mais econômica. No entanto, quando o serviço não é pago em dinheiro, a moeda de troca pode ser justamente o compartilhamento de informações.
Algumas regras simples também ajudam a proteger as informações no trabalho Home Office. Uma delas é programar o computador para bloquear a tela após alguns segundos de inatividade. Também é possível orientar o colaborador a não compartilhar o seu computador e usar apenas um dispositivo para o trabalho, separado de suas atividades pessoais. Os dados armazenados em um computador não só são roubáveis, como também podem ser apagados definitivamente. Para evitar o problema, é essencial investir em uma solução de backup, que guarde as informações de forma automática, segura e periódica.
A LGPD não trata apenas da proteção de dados no ambiente virtual, mas de uma forma geral. Portanto, é importante estabelecer regras para o processo de movimentação das informações armazenadas em documentos impressos, dentro ou fora da empresa. Nesse sentido, certos documentos não devem ser retirados da empresa ou devem apenas ser consultados/retirados por pessoas credenciadas.
Fonte: Banca Costa Filho.



